sábado, 18 de setembro de 2021

Constelação Familiar Não é Mágica!

 



Constelação Familiar Não é Mágica

Há um componente muito importante para os bons resultados de uma Constelação Familiar: a responsabilidade pessoal.
É através dela que o cliente consegue se apropriar do que foi visto na Constelação e partir para a ação e para as possibilidades que se abrem após um trabalho com as Constelações Familiares.
Mas isso também tem um custo: sair do papel de vítima e dizer sim aos erros, e também aos acertos. É ver a realidade, com tudo que a compõe.
Isso dá força, algo muito próprio que nos direciona para uma vida mais leve e madura.
A Constelação Familiar encontra aqui também um desafio: a medida que este conhecimento se difunde, muitas pessoas chegam nele querendo terceirizar essa responsabilidade.
Sim, há ação do campo familiar e há reflexos em todo o sistema. Mas sem uma postura realmente madura diante da própria realidade em relação às dores, aos insucessos, ao que é difícil, os efeitos verificados na Constelação se perdem.
Isso porque, ainda que inconsciente, somos os maiores agentes de acontecimentos (bons e ruins) em nossa vida. E se não tomarmos a possibilidade de mudança como nossa responsabilidade, nós iremos, novamente, criar o ambiente para que certas situações difíceis voltem a acontecer.
Constelação Familiar não é mágica. É uma chance de ver e aceitar o nosso lugar e nosso papel no nosso sistema familiar. Com a postura certa, nos auxilia a assumir a responsabilidade que nos pertence e assim tomar as atitudes necessárias para caminhar adiante.
A Constelação Familiar não é mágica. Ela exige bastante mudanças daqueles que chegam até ela. Porém, os resultados têm se mostrado muito eficiente para todos aqueles que desejam e se comprometem realmente consigo mesmo no movimento das mudanças.
Rosali Aguiar
Psicoterapeuta Sistêmica
@aguiarrosali

terça-feira, 14 de setembro de 2021

REPETIR DIFICULDADES VIVIDAS POR FAMILIARES CAUSA BOA CONSCIÊNCIA


REPETIR DIFICULDADES VIVIDAS POR FAMILIARES CAUSA BOA CONSCIÊNCIA

Na verdade, essa repetição é uma forma inconsciente de amor e lealdade ao sistema familiar.

A pessoa sente, sem saber bem o porquê, uma obrigação de ter que carregar o que os outros membros sofreram, ou, ficaram devendo ao grupo familiar.

Ela passa a ficar vinculada às histórias alheias, desenvolvendo sentimentos de raiva, reivindicação, indignação, menos valia, inferioridade ou incapacidade, que no fundo não pertencem a ela, são adotados de outros membros, por amor cego ao sistema familiar.

E é justamente essa lealdade sistêmica, em forma de consciência moral, que limita a entrega à vida.

A cura e a reconciliação estão além dessa consciência moral.

Portanto, a solução será escolher, de forma consciente, fazer diferente – e isso muitas vezes implica em carregar e suportar uma culpa.

IDENTIFIQUE ONDE SEU DESTINO FAMILIAR COMEÇOU

Para poder se libertar desses “emaranhamentos sistêmicos” e de fato conseguir fazer diferente, é preciso, antes de mais nada, entrar em sintonia com o próprio destino.

Bert Hellinger, no livro “O Amor do Espírito” (Ed. Atman), diz: “destino significa que nos encontramos inseridos em uma família específica, na qual ocorreram certos acontecimentos que determinam os destinos daqueles que vem depois”.

Sendo assim, precisamos identificar onde esse destino se inicia. Para isso, ajuda muito fazer perguntas aos pais e avós para entender melhor a história das gerações passadas e se há padrões repetitivos na família.

A TERAPIA DA RECONCILIAÇÃO

Uma sessão de Constelação Familiar, além de trazer à luz esses padrões e identificar quando e onde se originaram, ajudará você a se confrontar com esse destino:

Primeiro, concordando com ele, ou seja, alinhando-se às forças que o dirigem e que também dirigem o seu par; e segundo, honrando e respeitando tudo o que passou, sem julgamentos.

Somente esse olhar amoroso pode desfazer emaranhamentos.


Pode ser uma imagem de texto que diz "LEALDADE FAMILIAR "Aquele que não conhece a própria história tende a repeti-la." Bert Hellinger @aguiarrosali #psicoterapeuta_rosaliaguiar"

segunda-feira, 13 de setembro de 2021

LEALDADE FAMILIAR - COMO AS CRISES FAMILIARES SE PERPETUAM POR GERAÇÕES?

 



LEALDADE FAMILIAR E A BOA CONSCIÊNCIA
COMO AS CRISES FAMILIARES SE PERPETUAM POR GERAÇÕES?
É muito comum nos atendimentos clínicos, bem como nas terapias de constelações familiares, mulheres que chegam com dificuldades para se relacionar por terem crenças do tipo: “os homens não são confiáveis” ou “os homens são fracos”.
São mulheres que na infância ou adolescência testemunharam suas mães ou avós sofrerem devido à infidelidade dos maridos, ou, passaram a vida ouvindo essas mulheres criticarem seus companheiros.
Quando adultas, essas mulheres se comportam como se dissessem: “se minha mãe sofre por não ter tido sorte nos relacionamentos, ou por ter sido traída pelo meu pai, então eu também não posso ser feliz. Preciso segui-la no sofrimento e na infelicidade”.
Assim, ao repetirem o mesmo destino de suas mães ou avós, ou seja, atraindo muitas vezes homens que as abandonam ou as traem, essas filhas e netas se sentem infelizes, porém, de boa consciência.
Bert Hellinger identifica a boa consciência com o conhecido, o familiar, aquilo a que estamos acostumados, o terreno já desbravado.
Ocorre também de essas filhas direcionem sentimentos de raiva e frustração – que essas mulheres anteriores sentiram pelos seus maridos e, que muitas vezes não puderam expressá-los, ou não puderam se separar deles, por dependência financeira entre outros motivos – aos cônjuges atuais, ou seja, vingam-se dos homens em nome de suas ancestrais.
Práticas Sistêmicas

domingo, 12 de setembro de 2021

LEALDADE FAMILIAR

 


LEALDADE FAMILIAR
A lealdade é um vínculo profundo que temos com o nosso sistema familiar. Ele existe e atua mesmo que num nível superficial negamos a nossa família.
Por lealdade, pode-se entender que nos colocamos à disposição para “corrigir” tudo que coloca o sistema em perigo.
Essa disponibilidade atua de forma inconsciente e, é a fonte de muitas dificuldades que vivenciamos em nossa vida, uma vez que nos colocamos de encontro com coisas com as quais não detemos a possibilidade de resolução.
Dentro do nosso sistema familiar, quando estamos inconscientes desta lealdade, esse mecanismo nos toma através de nossas ações e emoções para garantir que a ordem, o equilíbrio e o pertencimento sejam assegurados a todos que estão neste sistema.
Isso muitas vezes, nos leva a repetir determinados padrões familiares que resultam em dificuldades na vida. E muitas vezes, até quando conscientemente rejeitamos certas atitudes.
Repetimos, pois, assim honramos aqueles que vieram antes, em seu sofrimento. Dessa forma, não nos “atrevemos” a fazer diferente daquilo que foi feito anteriormente por nossos antepassados. Permanecemos inocentes, e seguimos com o sentimento que nosso pertencimento está assegurado.
Porém, podemos compreender que ser leal não exclui a nossa responsabilidade com nossa vida e nosso caminhar adiante. Podemos tomar atitudes diferentes, se tivermos respeito pelo que aconteceu antes.
A atitude de agir diferente com base no respeito e honra com o que foi possível aos antepassados é uma grande força para a vida e para o amadurecimento.
O oposto é quando fazemos este movimento como uma exclusão do que aconteceu antes, ou nos sentimos superiores àqueles que tomaram um caminho diferente. Estas atitudes são formas sutis de exclusão e nos colocarão novamente em contato com o que foi difícil.
Cada experiência, seja ela boa ou ruim, seja para nós ou para os nossos antepassados, serviram para que algo fosse alcançado. E todas estas experiências têm um lugar naquilo que formou a nossa história familiar. Negar não é a solução. Um bom caminho passa pela integração e amadurecimento do sistema familiar.