terça-feira, 14 de abril de 2015

21 DICAS PARA LIDAR BEM COM OS MOMENTOS DEPRESSIVOS

21 DICAS PARA LIDAR BEM COM OS MOMENTOS DEPRESSIVOS

Não se faz necessário nos autocondenarmos ou condenar as outras pessoas pelos momentos ou fases mais depressivas. Esses momentos também fazem parte dos processos humanos e não precisamos repreender-lhes as expressões. Porém é importante lidarmos bem com esses períodos de maior dificuldade, manejando-os sabiamente e aproveitando-os com o que de melhor possuem para nosso auto-aprimoramento na experiência humana.
Algumas dicas para os momentos depressivos:
1 - Ore, medite e busque pela verdade espiritual do que você está vivendo. Tenha os pés firmes na Terra e os olhos voltados para o céu, a fim de não perder-se da totalidade da sua experiência.
2- Busque alimentar-se de pensamentos bons, textos, mensagens e músicas edificantes, pessoas com boa energia, lugares inspiradores. Alimente-se do bem, do bom, do belo. Existem muitas fontes de riquezas espirituais, com vibrações elevadas à sua disposição e você sempre tem como lançar mão desses recursos. É uma escolha do seu livre arbítrio a forma como se nutrirá nos momentos de maior negatividade.
3 - Faça alguma atividade física ou respiratória, mesmo que por alguns minutos, dança, pranayamas, caminhadas ou simples alongamentos já ajudam muito. Mexer com as energias do corpo é fundamental para o nosso equilíbrio bioenergético.
4 – Prepare e beba um chá delicioso com todo o ritual do chá, que é um ritual de atenção consigo mesmo. Alecrim é uma excelente dica (dá bom ânimo).
5- Faça uma limpeza com banho de ervas, anil, flores, incensos, aromas, cristais, reiki, etc. Tudo isso ajuda e muito.
6 – Assista comédias, rir e vibrar na leveza é um hábito que devemos incorporar no nosso dia a dia, assim aprendemos a sublimar as negatividades com o bom humor, ainda mais quando estamos em fases depressivas. A vibração da alegria tem um tremendo poder curativo para o corpo e para o espírito.
7 – Faça algo de bom para outras pessoas. Principalmente na área em que você mais está precisando de ajuda. Quando você faz outra pessoa feliz, você se sente feliz. Não é aquela emoção do prazer fugaz que o ego proporciona, mas sim um sentimento duradouro, de paz para a sua alma e consciência, que aquece o coração e faz com que sua auto estima e amor próprio se elevem de verdade e profundamente.
8 – Não é um bom momento para se entregar aos instintos e atos compulsivos (vícios diversos), reconhecendo que existe uma tendência natural de se fazer isso quando se baixa a vibração, porém essa entrega aos baixos instintos pode cronificar o estado negativo, alimentando um padrão de funcionamento muito difícil de deixar. Ex.: ficar deprimida e começar a comer compulsivamente, fumar compulsivamente ou aliviar a tensão em prazeres sexuais exagerados (sem amor, só cria mais desamor), sono excessivo, etc. Hábitos dessa ordem não aliviam de fato o sofrimento, só farão você se sentir ainda pior. (alternativa - ver item 13)
9 – Lembre-se que os momentos de baixa vibração também não são os mais propícios para se tomar decisões, ainda mais se forem decisões importantes e definitivas na sua vida. Boas escolhas acontecem quando estamos em estado de paz e equilíbrio, não com vendas cinzas sobre os olhos.
10 – Tenha contato com o que lhe inspire o sentimento de Amor. Essa dica é uma das mais importantes. O que você ama (amor de verdade, não essas emoções distorcidas que chamamos de amor) tem o poder de te curar.
11 - Organize e limpe o seu ambiente, pois estarmos em locais asseados nos inspira estados melhores. Isso também vale para a sua higiene pessoal. Inclusive, uma boa opção é fazer do seu banho um ritual de relaxamento e autocuidado, usufrua desse momento com prazer.
12 - Tome sol. A energia do sol energiza maravilhosamente os nossos chacras, sintetiza uma importante vitamina para a saúde e equilíbrio do corpo (vitamina D) e contribui significativamente com efeito antidepressivo. Não passe um dia inteiro trancado dentro de casa ou fechada em um quarto, mesmo que o tempo esteja coberto, é importante receber a luz natural da rua.
13 - Encontre uma forma não destrutiva de expressar e elaborar os seus conteúdos psíquicos (o que na psicanálise chama-se sublimação). Isso pode ser feito através de diversas expressões artísticas que envolvam a criação: poemas, histórias, músicas, danças, teatros, esculturas, pinturas, artesanatos, bordados, etc. Essa dica sabiamente usada pode evitar a necessidade do organismo de produzir sintomas negativos, pois a energia de tensão passa a ser escoada por uma via mais positiva.
14 - Procure motivos para agradecer, liste-os, olhe para as possibilidades, dons, talentos, graças, bençãos, conquistas e benessis que fazem parte da sua vida ou que estão ao seu alcance. Antes de sonhar com as coisas que gostaria de viver, incorpore o hábito de agradecer por todas aquelas que possui ao seu alcance. Gratidão é isso, o usufruto consciente das bençãos da vida.
15 - Tenha contato direto com a natureza e coloque mais os pés na terra. Já foi comprado cientificamente e também é altamente recomendado pelos mestres espirituais o contato com a natureza como um excelente recurso contra depressão, ansiedade e estresse. Banhos em cachoeiras, mar (o próprio ar salino da praia), caminhadas em campos, jardinagens, etc., limpam a aura, revitalizam as energias e melhoram o ânimo.
16 - Evite o consumo de açúcar refinado (comprovado cientificamente que o açúcar "irrita" as pessoas e pode aumentar e piorar os episódios de depressão). Também existe um estudo que diz que o consumo de carne (que possui uma energia densa e impregnada de sofrimento) também contribui com a depressão.
17 - Procure regular o sono, dormindo e levantando cedo. Quanto mais a nossa forma de viver estiver alinhada com a natureza, mais no sentiremos melhores.
18 - Quando estamos passando por momentos de dificuldade e mau humor é quando nossas defesas mais se sobressaem, fazendo com que nosso pior lado venha à tona. Nesses períodos é comum nos machucarmos mais ou machucarmos as outras pessoas, complicando ainda mais nosso estado emocional. Uma dica é aumentar o cuidado para não projetarmos nossas sombras nos outros e muito menos a responsabilidade da nossa felicidade sobre eles. Lembremo-nos que a responsabilidade de nos sentirmos bem é nossa e o que vemos nos outros são reflexos do que levamos dentro de nós mesmos. Então a dica aqui é aproveitarmos o momento para nossa auto observação e autoconhecimento. Levar luz às próprias sombras é o que de fato pode nos curar. Vale lembrar que ao coração pacífico, amoroso e alegre tudo à sua volta é paz, alegria e amor. O problema nunca é o mundo, as pessoas ou Deus, é sempre a nossa consciência e é lá que temos a chance de mudarmos a nossa história. Nosso poder está dentro de nós.
19 - Faça e repita afirmações e visualizações positivas (vale usar as mensagens subliminares, tem inúmeras delas disponíveis em áudio no You Tube), conecte-se com arquétipos positivos (a imagem da água, por exemplo, eleva a autoconfiança e autoestima e produz serotonina no cérebro). Inúmeras pesquisas científicas já comprovaram o efeito regenerativo e antidepressivo da visão otimista da vida. Antes do otimismo ser incorporado no sentimento e no corpo, ele passa pelo pensamento.
20 - Não deixe o medo paralisar você. A negatividade vem quando encaramos o conflito por uma via de medo e ali não seguimos em frente, paralisamos. O conflito em si só não é negativo, pois ele é o que nos faz crescer. O conflito é o que nos convoca a sair da zona de conforto e impulsiona à mudança. Nos momentos depressivos é a hora de enfrentarmos o medo e fazermos as mudanças necessárias, é a hora de sairmos da zona de conforto, pois essa zona não é confortável de verdade, ela apenas é o que conhecemos.
21 - Lembre-se que um dia não é igual ao outro e não é preciso se desesperar na escuridão da noite, o sol volta a brilhar pela manhã. Tudo passa. Se necessário for encare-se profundamente diante do espelho e repita para si mesmo: "Isso é uma fase, vai passar". Essa é a verdade mesmo, vai passar.

Luiz Gasparetto. ESPÍRITO DO DINHEIRO (palestra).

quarta-feira, 8 de abril de 2015

SOBRE A INTUIÇÃO


Ao longo da vida eu me interessei muito por esse fenômeno extraordinário chamado "intuição" e busquei compreendê-lo mais a fundo. O que vou expor aqui é o resultado daquilo que estudei e compreendi e não quer dizer que seja a "verdade universal". É apenas uma compreensão e pontuo que respeito todas as formas de crenças e opiniões contrárias.
Dentro do que alcancei, entendi que antes de tudo é importante diferenciarmos três aspectos da nossa constituição: mente (consciente e inconsciente), instinto ( inteligência animal que visa a integridade) e alma (sentimentos e sede da essência espiritual). Cada um desses aspectos apresentará um tipo de percepção intuitiva.
A mente pertence ao batalhar das antíteses e funciona na lógica da dualidade e conjunto de valores, isto é, para que algo seja alto, ela precisa conhecer algo que seja baixo para realizar uma comparação, pois não é capaz de alcançar uma verdade por si mesma. Por isso ela é um aparelho limitado, funciona dentro dos parâmetros da lógica e da linearidade, daquilo que somado, subtraído e previsível, servindo apenas para a compreensão do que é temporal e tridimensional. Ela é a sede das crenças e através dela não conseguimos alcançar as verdades do espírito (que não possuem relação com “crenças”), como a compreensão do que é “Deus”, o “Amor” e o “Infinito”. Assim, quando nos fortalecemos muito no campo da lógica mental, temos a percepção pertencente apenas ao que decorre dela (1+1=2). Ela não compreende o novo, pois se baseia nas leis da repetição: “se foi assim antes, será assim novamente”, “ se fui traída uma vez, logo serei traída de novo”. Ela é manipulável pelos diversos estímulos que recebemos e também é facilmente condicionada (programável ou ainda “hipnotizável”): se duas ou mais vezes que visitei minha sogra eu briguei com meu namorado, logo associo um sentimento de aversão a casa ou presença da sogra (condicionamento). Assim, algumas coisas que consideramos intuição pertencem a esses condicionamentos, percepções lógicas e do passado. A previsão que conseguimos estabelecer com o desenvolvimento mental é a previsão “lógica”, que funciona apenas para o que pode ser previsto desse modo, ou seja, não considera os elementos de mudança estabelecidos pelo “livre arbítrio”, que é o que rompe o condicionamento e que se situa no tempo “presente”. A única forma de nos livrarmos desse condicionamento é estarmos vivendo o “agora”, mas isso é assunto para outra postagem.
Já o nosso lado instintivo vive uma percepção intuitiva muito distinta dessa que é dada pelo campo mental. O instinto é aquilo que a Natureza nos dotou para preservarmos a nossa integridade física e psicológica.. O instinto é a “intuição” que faz os animais (lembrando aqui nós humanos também possuímos um corpo animal) saberem como se proteger, se alimentar, procriar, etc. Nós também precisamos do instinto para realizar uma série de coisas que a vida terrena nos solicita. Assim, o instinto é aquilo que fareja a energia das pessoas e dos ambientes. Ele pode nos dar atração ou repulsão por determinadas pessoas ou ambientes. O instinto também nos induz à defesas, anseios, vontades. Está relacionado ao nosso inconsciente e não pode ser compreendido por nossa mente. Ele controla nosso corpo, nos faz adoecer ou curarmo-nos de certas moléstias e se comunica com nós através de uma força de ação ou reação que nos é difícil manipular. Porém ele pode ser treinado. A intuição que vem do nosso lado instintivo tem a ver com percepção de quem podemos confiar, de lugares por onde devemos ir, ambientes agradáveis ou não, partes do nosso corpo que precisam de cuidados, etc. Também se relaciona com maior ou menor desenvolvimento da sensibilidade e conexão com a Terra e nosso lado mais “natural”.
Já a alma é algo que transcende completamente as leis do tempo e do espaço (a lógica mental). A alma está conectada ao nosso mental e instintivo, mas ela pertence à outra dimensão (dos sentimentos). E quando falamos sentimentos não devemos confundi-los com emoção. As emoções são derivadas da mente e das crenças, os sentimentos não, eles são frutos da conexão com a própria alma. Os sentimentos são duradouros e nos são impostos de cima para baixo, dependem do nosso nível consciencial de alma; as emoções são ondas de energia e são passageiras, temporais e dependem dos condicionamentos. A intuição da alma é a mais confiável delas e está relacionada ao chakra cardíaco. É a intuição que se dá por acesso espiritual, quando as divindades emanam feixes de luz que atingem a pessoa, geralmente trazendo grande paz interior, é o que muitos chamam de recebimento do “Espírito Santo” ou Deus falando ao coração. É algo mais sentimental e menos preciso e pode ser recebido como uma espécie de inspiração ou energia amorosa, anseios ou talentos da alma. Exemplo: “sinto que minha missão nessa vida tem a ver com o trabalho com reiki e com a psicologia”. Quando seguimos essas vozes dentro de nós, a sensação é de contentamento íntimo e paz interior. 
Assim, existem as percepções intuitivas que são próprias da pessoa, seja por desenvolvimento extra-sensorial ou por conexão espiritual, e existem aquelas que são dadas por alguma espécie de captação psíquica de outras consciências (encarnadas ou desencarnadas).
As percepções intuitivas que são próprias da pessoa derivam da sensibilidade de recebimento das vibrações dos fios condutores da vida. Trata-se de uma espécie de acesso às prospecções do que vai acontecer, embora o destino nunca esteja traçado de todo (devido a lei do livre arbítrio que pode mudar tudo). Jung defendia essa percepção pelo viés do inconsciente coletivo, mas muitos sensitivos e estudiosos espiritualistas mencionam os “cordões condutores” que apontam para determinadas direções e que por vezes acabam desembocando em algum acontecimento que gera um “movimento” que causa uma vibração no cordão e algumas pessoas conseguem percebê-lo. Nos sonhos essas captações são geralmente recebidas por linguagem simbólica. Nem sempre essa percepção se relaciona com a maior conexão com a própria alma e maior nível consciência, ela pode estar relacionada à maior sensibilidade apenas ou também chamada mediunidade.
E existe uma outra forma de percepção intuitiva, talvez a mais frequente, que é dada por influência de outras consciências, encarnadas ou desencarnadas. É muito comum os mentores e guias espirituais soprarem nos ouvidos da pessoa alguns avisos. Esses guias e mentores são limitados, pois a lei divina não lhes permite que nos digam tudo. Além disso, muitas vezes eles alertam mas devido ao barulho mental a pessoa não consegue ouvi-los. No caso da obsessão espiritual negativa, o fenômeno ocorre para influenciar a pessoa a fazer coisas que lhe farão mal, mas isso só acontece porque de alguma forma a pessoa se sintonizou com a vibração negativa do obsessor (momentos de baixa vibração – raiva, tristeza, ciúmes, culpa,etc.). Essa percepção também pode acontecer por influência mental de pessoas próximas. Por exemplo: pressentir que alguém vai ligar para você, saber quem é que está batendo na porta, sentir que um amigo está doente. Essas são captações psíquicas que também podem ser chamadas de “telepatia”. Acontecem de forma mais forte com pessoas que estejam muito conectadas entre si, como é o caso de mães e filhos, casais e irmãos gêmeos.
Além disso, existem outros fenômenos que são lembranças inconscientes (inclusive de outras vidas) e que são consideradas intuições. Isso pode se dar num encontro de almas e é mais fácil acontecer ao se olhar nos olhos da pessoas em questão. Não é por acaso que dizem que os olhos são as janelas da alma.
É importante estudarmos e compreendermos mais sobre as nossas habilidades intuitivas. Como bem foi colocado nos diversos comentários aqui da página, a intuição é responsável por nos livrar de grandes males. Fica muito difícil viver apenas confiante na lógica mental, que é tão limitada e não pode compreender a vida de todo. Precisamos aprender a silenciar os pensamentos, conceitos, padrões, condicionamentos e nos abrirmos para as percepções, aquilo que estamos a sentir! Uma vez que você aprenda a “sentir” e honrar esse sentido em você, a sua vida não é mais a mesma...
Paz e muita Luz sempre _/|\_

segunda-feira, 30 de março de 2015

O QUE É MEDIAÇÃO DE CONFLITOS



O que é a Mediação de Conflitos

A mediação é um recurso extrajudicial, privado e voluntário de resolução de conflitos, sendo especialmente vocacionada para todos os litígios em que há interesse, por parte dos seus intervenientes, em atender, não só ao presente mas, também, às consequências futuras da solução a encontrar, possibilitando, além do mais, a manutenção das suas relações (comerciais, de vizinhança, de amizade, familiares, bom nome, etc.) ou a sua melhoria, através de uma atitude de responsabilização e cooperação cívica, respeitosa e sigilosa, na resolução do problema e sua observância futura.
  
Quanto ao tempo de duração de um processo de mediação, podemos afirmar que cada caso é um caso, pois, a mediação é particular, rápida, informal, pouco dispendiosa e voluntária, variando a sua duração segundo o tipo e persistência dos conflitos, da complexidade dos temas e do relacionamento e abertura entre as partes. 

Geralmente, inicia-se com uma primeira entrevista designada de pré-mediação, na qual o mediador informa sobre o que é a Mediação, as suas etapas e avalia se as questões trazidas são adequadas ao emprego da mediação e da predisposição das partes para participarem. 

Nas reuniões seguintes desenrola-se a mediação propriamente dita, potencialmente terminando com a assinatura do acordo. O processo pode ser interrompido a qualquer momento, se os envolvidos assim o desejarem.

Os mediadores não podem, posteriormente, vir a ser testemunhas no processo judicial. O princípio da confidencialidade do processo de mediação abrange as partes, e eventuais outros intervenientes, e os mediadores. 

Portanto, ao decidirem-se pela mediação, as partes e o mediador assinam um termo de consentimento no qual expressamente todos se obrigam a manter o sigilo das sessões de mediação. Este princípio visa potenciar a confiança de todos na mediação que se vai desenrolar, por forma a que o diálogo seja o mais aberto possível, dentro dos parâmetros da boa-fé, do respeito mútuo e da cooperação.

Importante ressaltar que o mediador não vai dizer quem é que tem razão. O mediador de conflitos é neutro e imparcial. 

O mediador orienta as partes na descoberta dos pontos fracos e fortes das suas posições e interesses e na descoberta do que as une, auxiliando-as, sem as obrigar, a perceber, de forma cooperativa, as suas responsabilidades, por forma a criarem uma solução justa e equilibrada para os seus problemas.

O mediador de conflitos não é um terceiro que tem o poder de decisão, antes, é um terceiro imparcial. Na mediação são as partes que têm total domínio da decisão. 

O mediador é um profissional capacitado especificamente em técnicas de comunicação e gestão de conflitos, por forma a auxiliar as partes a sair de situações de impasse, a ampliar as alternativas para resolver o conflito e procurar com os envolvidos soluções que atendam a todos de forma justa e equilibrada.

A mediação é um recurso que vem sendo usada com êxito, há cerca de trinta anos, nos Estados Unidos, assim como mais recentemente, no Canadá, Japão, China, e em países da Europa, África e América Latina, como sejam a Argentina e o Brasil.

Quaisquer pessoas, físicas ou coletivas, envolvidas em conflitos ou litígios, que tenham necessidade ou desejo de os gerir, quer com intuito preventivo, quer com intuito de resolução, pode utilizar a mediação como forma de solução do seu problema.

A Mediação pode estar presente antes, durante ou após a resolução judicial. Os instrumentos extrajudiciais de resolução de controvérsias surgem para desafogar a tarefa judicial naquilo em que dela se pode abrir mão.

Os mediadores estão impedidos pelos seus Códigos de Ética de utilizar os seus conhecimentos profissionais de base (Direito, Gestão, Psicologia…) para orientar os envolvidos na Mediação. 

A consulta a especialistas antes, durante o processo, ou entre reuniões, com a intenção de esclarecimento ou orientação, é possível e, algumas vezes, indicada. Assim, durante o decurso da mediação, as partes poderão fazer-se assistir por advogado, advogado-estagiário ou solicitador, bem como por peritos, técnicos ou outras pessoas.

Algumas vezes, há várias questões relacionadas com o mesmo problema, mas, não é possível chegarmos a um acordo em todas na mesma mediação. Embora tal seja o desejável. Os acordos parciais são possíveis e sempre desejáveis por corresponderem a conflitos que obtêm uma solução por parte dos envolvidos. Com efeito, representam bases bem sucedidas do empenho das partes que, por isso, não necessitam de serem arrastadas para processos mais morosos e dispendiosos.

Se não chegar a acordo, a mediação terá servido para as partes dimensionarem melhor o alcance e os contornos do seu conflito.

Os acordos alcançados na mediação têm o valor de um contrato, ficando as partes obrigadas ao seu cumprimento nos termos gerais.

A maior garantia de que qualquer acordo será cumprido é ser celebrado de livre vontade e corresponder à vontade real dos seus celebrantes.

A Mediação permite a eficácia dos resultados, com redução do desgaste emocional e do custo financeiro. Com efeito, proporciona um ambiente mais cooperativo, facilita a comunicação e permite atender a todos os interesse e expectativas em jogo, de forma mais rápida, informal e a baixo custo. Assim, melhora os relacionamentos e evidencia um maior compromisso das partes em cumprir um acordo construído por elas.

Ao celebrar um contrato é possível prever, à partida, a possibilidade de resolver qualquer conflito que venha a ter relação com o mesmo pelo recurso à mediação. 

Qualquer advogado, advogado-estagiário ou solicitador poderá informar melhor sobre o teor e adequação de tais cláusulas.

A Mediação também pode utilizar-se para outros conflitos patrimoniais. Por exemplo, em situações de locação de bens móveis, indenização por perdas e danos (por exemplo, por acidente automóvel), inventários e partilhas.

As questões familiares também podem ser resolvidas pela Mediação. No caso da separação e do divórcio, pelo fato do estado civil de uma pessoa ser um direito indisponível, a Mediação apenas pode usar-se como meio prévio à interposição do processo de divórcio. Pode, no entanto, resolver os conflitos relativos à regulação e revisão do poder paternal dos filhos menores (sua guarda e pensão de alimentos), casa de morada de família e bens do casal. A Mediação pode também ter uso nos conflitos entre gerações ou em questões sucessórias.

Pode-se usar a Mediação para os conflitos escolares. A Mediação escolar pode abranger quer questões entre instituições, quer entre estas e alunos ou associações de pais, quer apenas entre alunos.

Como vêm, a Mediação tem um campo de trabalho muito vasto. Para além dos referidos, pode também ser usada como forma alternativa de resolução de conflitos do meio ambiente, comunitários (questões diversas que envolvem a manutenção ou a melhoria da convivência) e políticas (articulação e negociação de interesses e de convivência).


Rosali Aguiar
Mediadora Judicial e Extrajudicial
@rosaliaguiarpraticassistemicas