Por Adriana Garcia
Quem olha no espelho recebe uma consciência da sua outra metade, sua sombra ou homem oculto; a consciência desse homem oculto é um objetivo de toda iniciação espiritual e de autoconhecimento.
"Eu não sou eu. Eu sou aquele que caminha ao meu lado, a quem não vejo. A quem por vezes consigo visitar e outras vezes esqueço. O que perdoa doce, quando odeio. O que fica calado, quando eu falo. O que passeia quando fico em casa. O que ficará de pé quando eu morrer."
FONTE: João de Ferro - um livro sobre homens, Robert Bly
Quando olhamos os nossos olhos, sejam num
espelho ou num lago, temos a inevitável, forte e surpreendente sensação de que
alguém nos olha de volta.
(...)
Essa experiência de sermos olhados nos deixa imediatamente sóbrios. Se, como seres humanos, temos dúvida a respeito da alma interior, elas cessam imediatamente. Alguém nos olha de volta questionando, sério, alerta e sem querer nos consolar; e sentimos mais profundidade nos olhos que nos olham do que nos nossos próprios olhos ao olharem o mundo.
Essa experiência de sermos olhados nos deixa imediatamente sóbrios. Se, como seres humanos, temos dúvida a respeito da alma interior, elas cessam imediatamente. Alguém nos olha de volta questionando, sério, alerta e sem querer nos consolar; e sentimos mais profundidade nos olhos que nos olham do que nos nossos próprios olhos ao olharem o mundo.
Como é
estranho! Quem poderia estar nos olhando? Concluímos que é uma outra parte de
nós, a metade que não deixamos expressar-se - e esta metade mais sombria e mais
séria só nos devolve o olhar em raras ocasiões.
Quem olha no espelho recebe uma consciência da sua outra metade, sua sombra ou homem oculto; a consciência desse homem oculto é um objetivo de toda iniciação espiritual e de autoconhecimento.
Os gnósticos
falaram muito sobre o gêmeo que se julga ter sido separado de nós ao
nascimento, que conserva o conhecimento espiritual que nos é dado antes de
nascermos. Quando ele reentra na psique insiste na intensidade e seriedade.
"Eu não sou eu. Eu sou aquele que caminha ao meu lado, a quem não vejo. A quem por vezes consigo visitar e outras vezes esqueço. O que perdoa doce, quando odeio. O que fica calado, quando eu falo. O que passeia quando fico em casa. O que ficará de pé quando eu morrer."
FONTE: João de Ferro - um livro sobre homens, Robert Bly
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