terça-feira, 8 de julho de 2014

A seiva do amor


A seiva do amor

Por Leonardo Boff

Mesmo no coração da atual crise social não podemos esquecer da ternura que subjaz a todos os empreendimentos que envolvem valores e afetam o coração humano.

São misteriosos os caminhos que vão do coração de um homem na direção do coração da mulher  e do coração da mulher na direção do coração homem. Igualmente misteriosas são as travessias do coração de dois homens e respectivamente de duas mulheres que se encontram e declaram seus mútuos afetos.  Desse ir e vir nasce o enamoramento, o amor e por fim o casamento   ou a união estável. Como temos a ver com liberdades, os parceiros se encontram inevitavelmente expostos a eventos imponderáveis.

A própria existência nunca é fixada uma vez por todas. Vive em permanente dialogação com o meio. Essa troca não deixa ninguém imune. Cada um vive exposto. Fidelidades mútuas são postas à prova. No matrimônio, passada a paixão, inicia a vida cotidiana com sua rotina cinzenta. Ocorrem desencontros na convivência a dois. irrompem paixões vulcânicas pelo fascínio de outra pessoa.  Não raro o êxtase é seguido de decepção. Há voltas, perdões, renovação de promessas e reconciliações.

Sempre sobram, no entanto,  feridas que, mesmo cicatrizadas, lembram que um dia sangraram.
O amor é uma chama viva que arde mas que pode bruxulear e lentamente se cobrir de cinzas e até se apagar. Não é que as pessoas se odeiam. Elas ficaram indiferentes umas às outras. É a morte do amor. O verso 11 do Cântico Espiritual do místico São João da Cruz, que são canções de amor entre a alma a Deus, diz com fina observação: “a doença de amor não se cura sem a presença e a figura”.

Não basta o amor platônico, virtual ou à distância. O amor exige presença. Quer a figura concreta que é mais que o pele-a-pele mas o cara-a-cara e o coração sentindo o palpitar do coração do outro.
Bem diz o místico poeta: o amor é uma doença que, nas minhas palavras,  só se cura com aquilo que eu chamaria de ternura essencial. A ternura é a seiva do amor. “Se quiseres guardar, fortalecer, dar sustentabilidade ao amor seja terno para com o teu companheiro ou a tua companheira”. Sem o azeite da ternura não se alimenta a chama sagrada do amor. Ela se apaga.

Que é a ternura? De saída, descartemos as concepções psicologizantes e superficiais que identificam a ternura como mera emoção e excitação do sentimento face ao outro. A concentração só no sentimento gera o sentimentalismo. O sentimentalismo é um produto da subjetividade mal integrada. É o sujeito que se dobra sobre si mesmo e celebra as suas sensações que o outro provocou nele. Não sai de si mesmo.

Ao contrário, a ternura irrompe quando a pessoa se descentra de si mesma, sai na direção do outro, sente o outro como outro, participa de sua existência, se deixa tocar pela sua história de vida. O outro marca o sujeito. Esse demora-se no outro não pelas sensações que lhe produz, mas por amor, pelo apreço de sua pessoa  e pela valorização de  sua vida e luta. “Eu te amo não porque és bela; és bela porque te amo”.

A ternura é o afeto que devotamos às pessoas nelas mesmas. É o cuidado sem obsessão. Ternura não é efeminação e renúncia de rigor. É um afeto que, à sua maneira, nos abre ao conhecimento do outro. O Papa Francisco no Rio falando aos bispos latino-americanos presentes cobrou-lhes “a revolução da ternura” como condição para um encontro pastoral verdadeiro.

Na verdade só conhecemos bem quando nutrimos afeto e nos sentimos envolvidos com a pessoa com quem queremos estabelecer comunhão. A ternura pode e deve conviver com o extremo empenho por uma causa, como foi exemplarmente demonstrado pelo revolucionário absoluto Che Guevara (1928-1968). Dele guardamos a sentença inspiradora: ”hay que endurecer pero sin perder la ternura jamás”. A ternura inclui a criatividade e aauto realização da pessoa junto e através da pessoa amada.

A relação de ternura não envolve angústia porque é livre de busca de vantagens e de dominação. O enternecimento é a força própria do coração, é o desejo profundo de compartir caminhos.  A angústia do outro é minha angústia, seu sucesso é  meu sucesso e sua salvação ou perdição  é  minha salvação  e minha perdição e, no fundo, não só minha mas de todos.

Blaise Pascal(1623-1662), filósofo e matemático francês do século XVII, introduziu uma distinção importante que nos ajuda a entender  a ternura: o esprit de finesse e o esprit de géometrie.
O esprit de finesse é o espírito de finura, de sensibilidade, de cuidado e de ternura. O espírito não só pensa e raciocina. Vai além porque acrescenta ao raciocínio sensibilidade, intuição e capacidade de sentir em profundidade. Do espírito de finura nasce o mundo das excelências, das grandes sonhos, dos valores e dos compromissos para os quais vale dispender energias e tempo.

O esprit de géometrie é o espírito calculatório e obreirista, interessado na eficácia e no poder. Mas onde há concentração de poder aí não há ternura nem amor. Por isso pessoas autoritárias são duras e sem ternura e, às vezes, sem piedade. Mas é o modo-de-ser que imperou na modernidade. Ela colocou num canto, sob muitas suspeitas, tudo o que tem a ver com o afeto e a ternura.

Daí se deriva também o vazio aterrador de nossa cultura “geométrica” com sua pletora de sensações mas sem experiências profundas; com um acúmulo fantástico de saber mas com parca sabedoria, com demasiado vigor da musculação, do sexualismo, dos artefatos de destruição mostrados nos serial killer mas sem ternura e cuidado de uns para com os outros,  para com a Terra, para com seus filhos e filhas, para com o futuro comum de todos.

O amor é a vida são frágeis. Sua força invencível vem da ternura com a qual os cercamos e sempre os alimentamos.

Acenda a luz e a escuridão desaparecerá

Acenda a luz e a escuridão desaparecerá


Se ama profundamente, você não sente medo. O medo é uma negatividade, uma ausência. Isso tem que ficar profundamente entendido. Caso contrário, você nunca vai entender a natureza do medo.
É como a escuridão. A escuridão não existe, ela só parece existir. Na verdade, ela é só ausência de luz. A luz existe; apague a luz e a escuridão aparece. A escuridão não existe, você não pode acabar com ela. Faça o que fizer, você não pode acabar com ela. Não pode trazê-la, não pode projetá-la.
Se quiser fazer alguma coisa com a escuridão, terá que fazer alguma coisa com a luz, pois só podemos estabelecer relação com algo que tenha existência própria. Apague a luz e a escuridão se fará presente; acenda a luz e a escuridão desaparecerá — mas você fará algo com a luz. Você não poderá fazer nada com a escuridão.
Medo é escuridão. É ausência de amor. Você não pode fazer nada com relação a ele, e quanto mais fizer mais amedrontado vai ficar, pois mais você achará impossível. O problema vai ficando cada vez mais complicado. Quanto mais você brigar com a escuridão, mais sairá derrotado. Você não pode empunhar uma espada e matar a escuridão: isso só servirá para deixá-lo exausto. E finalmente a mente pensará, “A escuridão é muito poderosa, por isso me derrotou”.
É aí que a lógica falha. É absolutamente lógico — se você luta contra a escuridão e não consegue vencê-la, não consegue destruí-la, é absolutamente lógico pensar que a escuridão é muito, muito poderosa. Você é impotente diante dela. Mas a realidade é justamente o oposto. Você não é impotente; a escuridão é impotente. Na verdade, a escuridão não está ali, é por isso que você não pode derrotá-la. Como você pode derrotar alguma coisa que não existe?
Não lute contra o medo; do contrário, você ficará cada vez mais amedrontado e um novo medo invadirá seu ser: o medo do medo, que é muito perigoso. Em primeiro lugar, o medo é uma ausência e, em segundo, o medo do medo é o medo da ausência da ausência. Então você enlouquece.
O medo nada mais é que ausência de amor. Faça algo com amor, esqueça o medo. Se você ama bastante, o medo desaparece. Se ama profundamente, você não sente medo.
Quando amou alguém, mesmo que por um único instante, você sentiu medo? O medo não existe em nenhum relacionamento em que, mesmo que por um único instante, duas pessoas se amaram profundamente e aconteceu um encontro, elas entraram em sintonia — nesse momento não se sente medo.
É como se a luz simplesmente estivesse acesa e a escuridão desaparece — eis a chave secreta: ame mais.
Se você sente que existe medo em seu ser, ame mais. Seja corajoso ao amar, tenha coragem. Seja aventureiro no amor, ame mais e ame incondicionalmente, porque quanto mais você ama menos medo sente. E, quando eu digo amor, quero dizer todas as camadas do amor, do sexo ao samadhi.
Osho

COMO CURAR RELACIONAMENTOS

O Universo diz sim a todos os seus pensamentos


O julgamento é um cercadinho mental que não nos deixa ver a riqueza de possibilidades no espaço em volta. Se estou olhando para um lado, estou deixando de ver o outro. É esse processo de escolha que define os resultados.
O Universo diz sim a todos os seus pensamentos. O Universo diz sim a tudo o que sai da sua boca. O Universo diz sim aos seus sentimentos e devolve mais disso para a sua vida.  Não existe injustiça em seus resultados, a sua orquestra é completamente organizada e estruturada por uma inteligência incrível. Não desperdice este poder.
 Se você desiste, o Universo também desiste com você. O caminho do vencedor é conquistado paulatinamente, a cada passo, mais perto da luz. Ansiedade significa que você ainda não deu tudo. Tédio significa que você está olhando para o lado de fora, eclipsando o poder do espírito que move tudo de dentro para fora. Pressa significa que você não está se divertindo, ou seja, você não está trazendo o desejo realizado para o seu centro de poder: o aqui e agora que tem intimidade com a gratidão e com o verter da emoção autorealizada. Você lança uma fagulha mental aqui e você apanhará a manifestação em algum ponto do caminho.
Não existe a barganha de cortar caminho, pois é na intensidade do fluir de seus comandos mentais que o desejo será trazido para a sua experiência. Cada crença que você reforça emite um sinal magnético que sintoniza com a realidade provável de seus inúmeros e infinitos Eus que estão vivendo aqui e agora.  São os pensamentos, sentimentos e crenças que direcionam o seu Eu consciente para a mesma realidade pulsante e constante. Seu Eu consciente já faz parte de uma escolha vibrátil, de um pulsar que resultou em ser você conscientemente em vez de outro você.  Suas crenças são padrões energéticos que reforçam a si mesmas e acionam sentimentos e visões mentais que estejam de acordo com o mesmo padrão de sintonia. É lógico que a realidade irá acompanhar esse incrível poder em seu interior. O Universo não pode conceber outra função que não seja de autorealização de todos seus acordos vibráteis.
 V. Weyrich
Postado em Universo Natural

LEI DA ATRAÇÃO

LEI DA ATRAÇÃO
com Sharon Taphorn
7 de Julho de 2014

COMPREENDENDO A LEI DA ATRAÇÃO

Você atrai para você determinadas situações e pessoas, porque elas refletem os seus pensamentos, sentimentos e crenças. Você atrai tudo e todos em sua vida que são semelhantes aos seus padrões de pensamento e desde que o seu caminho espiritual a levou através de tanto crescimento, muitas coisas ao seu redor estão mudando.

Semelhante atrai semelhante. 

Se você não está feliz com o que esteve atraindo em sua vida, mantenha pensamentos mais positivos, amorosos e de apoio, para si mesmo, para o seu espaço e para o seu mundo.

Suas preces e afirmações estão funcionando e sendo atendidas e a lei da atração mostra isto, com resultados tangíveis. Isto ajuda a deixar de ver os eventos e situações, ou como recompensas, ou punições. Você apenas atraiu isto para a sua vida por alguma razão, o que significa que você pode ampliá-lo ou repeli-lo: a escolha é inteiramente sua.

Visualize e afirme somente o que você deseja e tenha certeza de não excluí-lo por aquilo que não quer, ou isto é exatamente o que você recebe. Seus pensamentos e sentimentos sempre se tornam uma profecia auto-realizável. 

Passe algum tempo em meditação, sozinho na natureza, quando você pode realizar estas criações. Peça aos seus anjos que o ajudem a manter uma visão mais positiva e sustentadora. Seus anjos e guias podem ajudá-lo com esta mudança.


Afirmação: “Escolho meus pensamentos e palavras com sabedoria e cuidado, de modo que eles estejam me apoiando, a minha vida e os meus projetos.”

E assim é.

Você é muito amado e apoiado, sempre

Seus Anjos e Guias

domingo, 29 de junho de 2014

Meditação para desprenda-se do julgamento e abrir espaço para a alegria através da observação!





Abra espaço para a alegria

Por Osho

Conhecer a si mesmo é muito fácil. Você não precisa aprender quem você é, precisa, sim, desaprender algumas coisas.
Primeiro, você tem que desaprender a se preocupar com tudo. 
Segundo, você tem que desaprender a se preocupar com os pensamentos.
A terceira etapa é uma consequência natural – basta observar.
Qualquer lugar serve, o fundamental é começar a observar mais as coisas. Sentado, em silêncio, olhe uma árvore. Não pense e não se pergunte “Que tipo de árvore é essa?”  –  não julgue se é bonita ou feia, se está verde ou seca. Não deixe que nenhum pensamento crie perturbações, apenas observe a árvore.
Você pode fazer essa meditação em qualquer lugar, olhando qualquer coisa, apenas lembre-se de uma coisa: quando o pensamento vier, coloque-o de lado e continue observando. No começo será difícil, mas logo as pausas começarão a surgir: não haverá nenhum pensamento, mas você extrairá uma grande alegria com essa simples experiência.
A árvore está lá, você está lá e entre os dois há um espaço vazio  –  sem pensamentos. De repente surge uma grande alegria, aparentemente sem razão alguma. Você aprendeu o primeiro segredo.
Isto tem que ser usado de uma forma mais sutil. Por ser mais simples, eu sugiro que você comece com um objeto. Você pode sentar-se em seu quarto e ficar olhando para uma fotografia  –  não pense, apenas olhe. Aos poucos, você percebe que a mesa está lá, você está lá, mas não há nenhum pensamento entre vocês dois.
A sensação de alegria é imediata. É a sensação de contentamento que fica reprimida pela profusão de pensamentos.
Comece com os objetos e, quando tiver entrado em sintonia, ao sentir que os pensamentos desaparecem e os objetos permanecem, passe para a segunda etapa. 
Feche os olhos e volte-se para qualquer pensamento que surgir na tela de sua mente: pode ser uma face, uma nuvem se movendo ou qualquer outra coisa – apenas olhe, sem pensar.
Essa etapa será um pouco mais complicada do que a primeira porque as coisas são ainda mais simples e os pensamentos especialmente sutis. Seja paciente. Pode levar semanas, meses ou anos: depende do seu grau de atenção e entrega.
Um dia, de repente, o pensamento não estará mais lá e você se encontrará sozinho. A grande alegria será mil vezes maior do que da primeira vez, quando você percebeu que a árvore estava lá e o pensamento tinha desaparecido.
Este é o momento de começar a terceira etapa: observe o observador. 
Os objetos e os pensamentos foram deixados para trás: agora você está sozinho. Seja o observador desse observador. 
No começo será difícil porque nós só sabemos prestar atenção em algo  –  um objeto ou um pensamento. 
Agora não há nada, só o vazio absoluto. Apenas o observador permanece. Você tem que se voltar para si mesmo. Esta é a chave mais secreta. Você continua sozinho. 
Descanse nesse instante de solidão e, quando o momento chegar, você saberá, pela primeira vez, o que é a alegria. É você em sua essência. É como voltar para casa.
Você tem que desaprender coisas e pensamentos. Preste atenção no que é mais simples, depois no que é sutil e, finalmente, no que está além do simples e do sutil.
Rosali Aguiar
Práticas Sistêmicas
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